quarta-feira, 18 de maio de 2016

Por que optamos pela FIV?

Diferente da maioria não estamos tentando há muito tempo, pelo contrário, nos casamos há pouco mais de 2 anos. Acontece que estou com 37 anos e meu marido tem quase 10 a menos do que eu, história linda que deixo pra contar outro dia! rs

Tomei anticoncepcional durante poucos meses e há menos de um ano começamos a tentar com a tabelinha. Mês após mês, quando vinha a menstruação era uma frustração. E foi assim por um, dois, três, ..., oito... algo errado, pensei.

Busquei meu ginecologista que nos direcionou para um especialista em infertilidade. Como assim? Sai de lá p da vida! Sem fazer qualquer exame ele simplesmente concluiu que pela minha idade era hora de buscar um profissional. Pirei... não tinha a menor ideia do que era infertilidade e do motivo dele atrelar minha idade a esta coisa tão chocante! E ele deixou claro que era infertilidade e não esterilidade.

Pesquisando no Dr. Google descobri que esterilidade é quando a capacidade natural de gerar filhos é nula, por exemplo, quando uma mulher tem obstrução das duas trompas ou o homem não possui espermatozóides na ejaculação. A infertilidade é quando há uma diminuição da chance de gravidez, por exemplo, no caso da mulher ter endometriose ou houver diminuição da quantidade e qualidade dos espermas. 

Sempre fui tão certinha com meus exames ginecológicos, todo ano fazia as rotinas de papanicolau, como isto podia ter acontecido? Como nenhuma alteração tinha aparecido antes?

A contragosto, pedi indicação no plano de saúde e lá fomos na consulta com o gineco especialista em infertilidade. Confesso que foi meio estranho. Chegar naquele consultório e falar que tínhamos algum problema mas não sabíamos qual era. Enfim... saímos de lá com uma batelada de exames pra realizar, tanto pra mim quanto pro marido. Exames de sangue, de urina, de fezes, espermograma, ultrasons, etc, etc, etc... outro dia posto aqui o tal pedido médico completíssimo.

Foi um mês intenso de exames. A maior parte deles fizemos no laboratório do Hospital Beneficência Portuguesa, o espermograma no Laborlabis e os ultrasons num médico indicado pelo gineco, que eu adorei.

Voltamos ao consultório com o calhamaço de exames, muita expectativa e apreensão.
No meu caso, descobrimos que o meu hormônio anti mulleriano estava alterado, ou seja, minha reserva ovariana é baixa. Também apareceu uma alteração nas trompas e que precisaria ser investigada com mais tempo. Demais exames sem problemas.
Os exames de sangue do maridão também estavam ok, porém no espermograma apareceu baixa motilidade (capacidade de locomoção) e baixa morfologia (espermas com formas normais).

Pois é, quanta coisa! Decidimos juntos que em função do resultado do espermograma e da minha baixa reserva ovariana todo o tempo é precioso e que deveríamos iniciar um tratamento de Fertilização in Vitro (FIV) o quanto antes. Lá mesmo recebemos as primeiras orientações sobre o que é a FIV e a sugestão de um especialista em reprodução humana assistida. Saímos também com receitas de vitamina D e ácido fólico para o casal, uma vez ao dia, durante o café da manhã.

O nome da clínica e do médico não vem ao caso neste momento, já que o objetivo do blog não é fazer propaganda de médico e ainda porque acredito que esta é uma escolha muito pessoal. De qualquer forma, é muito importante pesquisar sobre a infraestrutura da clínica e o histórico do médico responsável, fazer visitas, conhecer várias delas, se achar necessário, se sentir acolhida, segura e ter empatia com os profissionais que irão acompanhá-los neste processo. A internet é uma fonte interminável de pesquisa também. Há diversos sites como o e-family e o babycenter que possuem fóruns de discussão sobre este e outros diversos temas.

Nós fomos diretamente a clínica indicada pelo ginecologista e graças a Deus gostamos bastante do atendimento. O Dr. fez uma bela entrevista e avaliação dos nossos exames já realizados, e como eram recentes, e estavam bem completinhos, não precisamos fazer mais nenhum.  Não sou nenhuma especialista em FIV, apenas reproduzirei aqui, as orientações que recebi ou coisas que já li na internet sobre este assunto, ou seja, minhas experiências pessoais! O melhor sempre é consultar seu médico para esclarecer qualquer dúvida.

Nesta primeira consulta, ficou claro que a idade da mulher é extremamente importante no processo de fertilização, uma vez que, quanto mais velha, menor sua capacidade de produção de óvulos e por consequência, menores as chances de uma gestação, seja em vitro ou natural. Descobrimos ainda que no caso do homem é muito mais tranquilo, porque a ciência avançou tanto que hoje é possível colher os espermas até de homens que fizeram vasectomia, fazendo a pulsão diretamente da próstata!

A FIV, ou Fertilização in Vitro, é um método de reprodução assistida onde a fecundação do óvulo e do espermatozóide acontece em laboratório gerando os embriões, que depois são transferidos de volta ao útero materno para implantação. Também é conhecido como bebê de proveta e chegou no Brasil em 1983.

Por fim, o Dr. fez toda a apresentação, tirou nossas dúvidas e combinamos que assim que eu menstruasse eu ligaria pra ele para combinar o início do tratamento. Ah! Fomos encaminhados a uma salinha, pelo pessoal administrativo, que passou os valores do tratamento. Facada no coração, né? Qualquer tratamento desses é muito caro mas optamos por não fazer pesquisa de preços pois gostamos de tudo que vimos até li.

Tata.