domingo, 5 de novembro de 2017

Mini FIV - primeira consulta



Oi gente!

Como contei pra vocês no post anterior, depois de 3 fivs negativas resolvi buscar um novo especialista, uma nova forma de tratamento: a Mini Fiv. Alguém já ouviu falar?

Ela é indicada para mulheres com baixa reserva ovariana e resultados ruins com estimulação normal da Fiv, e seu foco, é conseguir poucos e bons óvulos. Já contei aqui pra vocês que depois de três tratamentos, de fato hoje eu creio muito que a exposição a essa quantidade enorme de hormônios nos faz um mal danado. Sou prova disso, desenvolvi melasma e uma doença chamada capsulite adesiva (ou ombro congelado na linguagem popular). Graças a Deus já estou curada da segunda que me impedia de movimentar o braço direito.

Bem, fomos nos consultar com um novo médico, Dr. Julio Voget, em Campinas. Quem quiser saber mais dele acesse www.voget.net.br, instagram @voget_reproducao_humana e facebook @voget.reproducaohumana. Ah! O Dr. ainda administra um grupo de face "Bate-Papo da fertilidade", tem que pedir pra entrar. Meu intuito aqui não é fazer propaganda, até porque não fiz nenhum tratamento com ele ainda e nem tenho resultados, mas ele é especializado nesta técnica de mini-fiv e por isso compartilho com vocês.

A consulta foi ótima, Dr. Julio extremamente atencioso. Ficou conosco mais de 2 horas no consultório... acho que foi a consulta mais longa nestes anos de FIV. Demoramos um pouco pra entrar, na realidade, demorou bastante... não entendi muito bem até porque nós éramos o único casal na sala de espera, mas enfim, valeu a pena a espera!

Ele foi minucioso, conversou sobre todo nosso histórico, nossos familiares (doenças genéticas e outras), viu nossos exames todos. Lógico que levei todo o meu calhamaço de exames das Fivs anteriores e por sorte, como a maior parte deles não tem 1 ano, ainda estão válidos e saímos com poucos pedidos adicionais.

Contei que já tinha feito todos os exames possíveis e imagináveis, inclusive ERA, trombofilia, células NK, enfim, ele me surpreendeu com um comentário super pertinente em relação a tudo isso. Que foquei muitos dos meus exames em causas para "falha de implantação" mas que meu histórico não apresenta este problema (pelo menos por enquanto), porque entende-se por estas falhas quando implantam-se bons embriões e não há sucesso, o que não foi meu caso, porque só tive bons embriões na primeira Fiv. O meu problema é ANTES disso, está relacionado à qualidade dos óvulos, e que de fato a Mini Fiv é o ideal para o nosso caso.

Outro ponto importante desta consulta foi a análise do meu exame de histerossalpingografia. Meus diagnósticos anteriores acusavam pelo menos uma trompa obstruída e na análise dele isso não é verdade, pois o contraste passou por elas, em uma menos que na outra, mas não há obstrução. Fiquei feliz com o diagnóstico!

Pra fechar com chave de ouro, eu tenho uma doença auto imune chamada Psoríase, de fator hereditário (meu pai tem), crônica, não contagiosa, que causa erupções na pele e não tem cura. Acredita-se que é um problema imunológico e que pode ser desencadeada por infecções, estresse e frio. De fato, no meu caso, quanto mais estressada eu estou mais minha pele descama e desenvolvo feridas, por isso é hiper importante fazer exercícios físicos, controlar a ansiedade e tomar muito sol. Já tinha pesquisado bastante sobre a relação entre a psioríase e a possibilidade de engravidar e nunca encontrei nada muito concreto. No mais, vi relatos de várias grávidas que dizem que a doença "acalma" bastante na gravidez.

Enfim, o fato é que o Dr. acredita (não existe comprovação) que existe sim uma relação entre doenças auto imunes e a infertilidade, ou seja, pode ser que meus óvulos estejam com qualidade ruim devido a este problema. Não é comprovado, mas achei que a teoria faz bastante sentido e será ótimo tratarmos também deste ponto. Um mês antes da Mini Fiv vou administrar corticóide (meticorten = prednisona) que é o medicamente que trata/melhora a psoríase. Vamos rezar!!

Além disso, nos receitou uma série de vitaminas, muitas das quais já tomávamos e pediu também para o meu marido passar em um urologista. Ele tem todas as disfunções possíveis: pouco volume de esperma (oligospermia), baixa motilidade (astenospermia), baixa vitalidade (necrospermia) e baixa morfologia (teratospermia).

Resolvemos recomeçar o tratamento no ano que vem pra dar tempo de fazer os exames adicionais e tomar as medicações com calma. Não temos pressa agora, depois de tudo que já vivemos, o mais importante é investigarmos e tratarmos as possíveis causas dos nossos problemas.

É isso meninas. Estou esperançosa com esta nova possibilidade! Desculpem o textão!!
Que a nossa Mini Fiv nos traga o nosso tão esperado bebê em 2018.

Um beijo com carinho,
Tata.