terça-feira, 30 de maio de 2017

Dando um tempo. E enquanto isso...


Oi meninas,

Já contei aqui que estou dando um tempos das FIVs, não?

Nada de desistir, apenas um tempo mesmo, para me recuperar emocionalmente - afinal foram 3 tratamentos de fertilização em menos de um ano - e também financeiramente, nada fácil ver o dinheiro indo embora e não ter um retorno positivo do investimento... ainda mais quando o tratamento foi dividido em algumas parcelas no cartão de crédito e todo mês vem a fatura para te lembrar disso. Que frustração!! Alguém já passou por isso??

Bem, estou passando por uma fase esquisita. Um misto de crise dos 30 quando estou com quase 40, dúvidas sobre o lado profissional, na busca de um propósito e de um trabalho que me faça plenamente feliz. Juntando a isso, o desejo mais que presente da maternidade, a dúvida sobre os planos de Deus com relação a isso... Sim, procuro ter fé sempre, mas quem por vezes não se pegou triste, frustada, sem esperanças? Será que ser mãe é uma das missões da minha vida mesmo?

Tenho certeza que esta crise toda e a ansiedade não contribuem em nada para que eu engravide. Além disso, estresse e pressão do trabalho (quando não a falta de compreensão!) ajudam ainda mais para resultados negativos. Aliás, trabalho versus tratamento são um bom assunto para um outro post...

Já chegaram a me dizer que eu tinha que colocar uma meta para as FIVs, ou seja, determinar um número limite de tentativas. Claro que quem me falou isso não vivenciou nossa história e nem imagina como é, dia após dia, sonhar com a maternidade. E por mais que tenha doído também sei que não me falou por mal. Disse-me com intuito de que eu refletisse sobre qual seria a hora de parar de tentar e ainda para pensar sobre outras possibilidades de realizar meu sonho, como a adoção.

O fato é que isso ficou martelando na minha cabeça por dias, por semanas e ainda hoje "incomoda"... mas me fez refletir. Limite de vezes? Este eu já decidi, não há. Enquanto este desejo estiver vivo em meu coração, em minha alma, não medirei esforços para tentar. Outras opções? Sim, é preciso ao menos pensar. A adoção foi um tema muito difícil pra mim, foi complicado até de falar com o meu marido, mas chegamos juntos a conclusão que existem milhares de bebês e crianças esperando ansiosamente por corações cheios de amor e carinho. E isso nós temos de sobra. Decidimos adotar? Ainda não, mas o importante que este assunto não é mais um tabu.

Por enquanto vamos tentando, naturalmente, com a esperança de que o plano maior nos dê essa benção...

Até mais!

2 comentários:

  1. Minha psicóloga me questionou isso, se tenho um limite. Respondi a única coisa que consigo pensar ou sentir: meu limite é meu filho no colo.
    Estou na fila de adoção e espero sim adotar uma criança um dia. Mas a fila de espera por uma criança menor é de anos e do fundo do meu coração, espero mesmo engravidar primeiro por FIV.
    Um beijo grande!

    www.eontemeuchorei.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. oi M., tudo bem? Como você está? E depois da sua resposta a psicóloga disse o que?
      Faz tempo que você entrou na fila de adoção? Não conheço nada deste processo, mas imagino que não deve ser fácil... me conta!
      Como está seu tratamento?
      Um beijo!

      Excluir