quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Transferência de embriões em D3 x embriões em D5 (blastocisto)

Hoje não fui trabalhar, aliás desde a punsão tenho ficado em casa por conta das dores provocadas pelos medicamentos. Tenho pontadas na região do baixo ventre, dores nos ovários e uma terrível dor nos seios. É muito hormônio né, gente?

Passei a tarde pensando em temas pra registrar aqui e acabei me apegando em um que tem me incomodado um pouco: a decisão de transferir em D3 ou D5.

Nas minhas pesquisas achei sites super interessantes, um deles é o da MaterPrime, uma clínica de reprodução assistida com diversas unidades em São Paulo. Só para constar não é a clínica onde estou fazendo meu tratamento. Faço aqui um resumo de tudo que li por aí.

Quando é realizada a fertilização em vitro através da ICSI, técnica que foi utilizada na minha primeira FIV, o espermatozoide é colocado dentro do óvulo maduro e após 24 horas já é possível observar se houve fecundação do embrião. Interessante é a taxa média de fertilização é de 90% (fonte: www.materprime.com.br).

O embrião então começa a dividir-se em outra células. O laboratório de fertilização em vitro tem que observar o desenvolvimento de cada embrião, mantendo-os em condições ideais como se estivesse na tuba uterina em uma gestação natural. Além da quantidade de células também são avaliadas as taxas de fragmentação e a simetria destas células.

No D2 o embrião pode ter de 2 a 4 células e no D3 o embrião ideal tem 8 células simétricas e com ausência de fragmentação. Segundo a matéria da Mater Prime, embriões com fragmentação acima de 20% ou com 6 células em D3 apresentam menor taxa de implantação, e, aqueles com 4 ou 5 células e taxas acima de 50% de fragmentação tem apenas 5% de chance de gravidez.

Fonte: www.materprime.com.br (embriões em D1, D2 e D3, nesta ordem)

No D4 o embrião já está com 32 células e é chamado de mórula. No D5 o embrião chega a fase de blastocisto, apresentando centenas de células. Entre o D5 e o D6 ocorre o processo de hatching, que é a ruptura da membrana protetora que envolve o embrião. Para que ocorra a implantação é preciso que o embrião saia dessa membrana e se implante no endométrio.

Fonte: www.materprime.com.br (embriões em D4 e D5, nesta ordem)


Na gravidez espontânea o embrião chega ao útero para se implantar no D5 ou D6, já na fase de blastocisto.

Depois de tudo isso: o que é melhor, transferir em D3 ou em D5?

Os estudos científicos mostram que a taxa de gestação é maior quando o embrião é transferido em estágio de blastocisto. Isto porque esta condição é a mais similar a da gestação natural, além de haver uma melhor seleção embrionária.

Nos casos em que o número de embriões é pequeno geralmente opta-se por transferir em D3. Neste caso, o laboratório realiza um procedimento chamado hatching assistido, que é um buraco na membrana que envolve o embrião, feito com laser, para auxiliá-lo a sair e chegar no endométrio. A idade da mulher e a quantidade de tentativas anteriores também são fatores que podem influenciar na decisão do médico de transferir em D3 ou D5.

Independente disso, temos que acreditar que chegou a nossa hora, a nossa tão sonhada hora!! Li diversos depoimentos de meninas que conseguiram seus bebezinhos com transferências em D3, assim como li muitos outros positivos já na fase de blastos. Até achei um tópico no fórum do e-family onde uma delas criou uma pesquisa estatística mas como é bem antigo, de 2009, acho que vou criar outro similar para produzir nós mesmas nossos estudos! hehehe

Em minha primeira FIV tivemos 10 folículos, sendo que 5 se desenvolveram e 2 chegaram em estágio de blastocisto, infelizmente não foram implantados portanto tive uma FIV negativa.

Nesta segunda tentativa apenas 4 folículos estavam maduros e o doutor optou fazer a transferência em D3. Rezando aqui para que estes 4 se desenvolvam bem e que possamos transferir 3 deles!!

É amanhã gente!!
bjs, Tata.


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